31 março 2007

Sexta-feira... Viva!!!

Chegou o dia mais esperado pra descontrair, sair e divertir. E a energia que eu tinha na segunda-feira foi se perdendo pela semana, pelos telefonemas, pelo tempo sentada em frente a essa tela...

Sexta: não trabalhei como deveria e não me empenhei como queria...Meu corpo não deixou e a cabeça empacou!

À noite – oba – reunião do escritório. Amigos, conhecidos, desconhecidos...

Conversa daqui, dali... Um crepe, um copo de cerveja gelaaaada, um abraço das crianças, um cutucão do parça de trabalho. Enfim, eu estava em casa.

De repente me vejo conversando com uma pessoa que nunca tinha visto na minha vida, típico daquelas situações que o santo bateu, gostou e ficou.

Mas não foi só isso. Ela, assim como eu, sente a mesma falta de pai presente, vivo, real.

Conversamos tanto tempo que não vi mais nada, nem me preocupei em falar alto, baixo, muito, pouco ou até mesmo de repetir que sentia saudade. Mostrei a tatuagem que eu adoro escancarar, só pra poder explicar o que ela significa e emendar contando alguma peripécia do figuraça! Nessa, incentivei a Lu (só depois fui saber o nome dela) a fazer uma também pra poder olhar, lembrar e contar.

Me fortaleci, não posso negar. Uma mulher de 40 e tantos anos que já convive com a ausência do pai há 3 anos e ainda chora no carro indo pro trabalho. Ufa! Sou normal!

Pra finalizar o xixi apertou e na volta : “vamos embora antes que a gente desabe de chorar aqui???” Um abraço e palavras de incentivo pra sobreviver à falta e a convicção de nunca esquecer aquele que foi nosso herói, amigo, cúmplice.

No fim das contas tomei mais cerveja do que pretendia e misturei a dita com o remedinho-tira-fome-e-ansiedade. Conclusão: sai da festinha, liguei o som e mandei aquele ‘buá’ básico!!!

.......

nem eu agüento mais, garanto!

27 março 2007

saúde pra natureza!!!

Vamos olhar pro mundo com carinho que ele merece...

Ontem assisti Fantástico. E boommm... que tragédia na Holanda, no Brasil, no mundo. Será que as pessoas ainda acham que o mundo vai ficar intacto aos maus tratos que estamos oferecendo?

São detalhes tão simples. Dá pra começar devagar, não jogando lixo no chão. Quando vejo aquele panaca do carro da frente arremessando lata, papel, seja lá o que for na minha frente, me dá uma vontade de fazer o cidadão engolir o que jogou. Parar o carro e dar um chilique daqueles...

Acho até que o cuidado com o futuro vai além do pensamento quanto à natureza. Podemos rondar pelos assuntos dos idosos, das crianças... A educação desse país ta mais capenga que manco na areia.

Ao mesmo tempo em que as escolas não ensinam porcaria nenhuma, em casa, as crianças não são educadas como devem ser. Falta de respeito com os mais velhos, frescura pra comer toda e qualquer coisa colorida sem corante - o negócio é comer fandangos e tomar coca. Grande porcaria... E isso ai dentro do seu estomago? Pra que serve?

Será que os pais não vêem isso?

Tem muita criança gorda hoje em dia. Tudo resultado de má alimentação e sedentarismo.

Não deve haver mais graça em brincar de pega-pega, esconde-esconde. O pega agora é pegar a amiguinha no canto, dar um amasso... e sei lá mais o que essas crianças já fazem hoje em dia.

Devo estar ficando velha, mas na minha época infantil e adolescente as coisas não funcionavam assim. E não faz muito tempo que saí desse estágio evolutivo.

Ta, ta bom, você que ta lendo deve estar me achando uma quadrada, chata e ranzinza usando o blog pra reclamar do mundo. Mas é exatamente o contrário o que eu pretendo.

Eu quero passar pra quem lê, pra quem se interessa que o mundo ta em nossas mãos e estamos deixando que ele escape pras bandas do aquecimento global, do degelo dos pólos, a poluição dos rios...

Vamos nos cuidar!!!

20 março 2007

Reunião com cliente!

Tô cansada...

Andei feito um zumbi pelo shopping, saindo de reunião com um cliente - que virou amigo – e indo comprar pão pra jantar com a mãe.

Queria saber o q cada pessoa que passava por mim tava pensando... muitas me olharam e será que também queriam saber o que tinha acontecido comigo? Com aquela cara de: é hoje o dia foi difícil!!!

Andei pelas prateleiras do supermercado, procurando ver o rosto dele, com os olhos rasos, quase transbordando... Calma, chorar no super é muito fim de carreira...

Me segurei, entrei na fila, mergulhada na cestinha vermelha e azul do Big. Não vi ninguém, não me importei em sorrir pra caixa.

Enquanto a lerdeza contava as moedinhas, eu só ouvia as duas da frente matracando feito doidas um assunto pelo qual não me interessei e me entreti um pouco com o dilema do senhor atrás que queria levar uma mala verde, que tava sem preço, mas ele achava que era o mesmo valor da preta.

Ahh vovô esperou chegar no caixa pra saber o preço?? E o pessoal ai atrás?? Eles vão ficar meio tensos com o senhor, já que as filas estão bombando...

Bom, no fim das contas acabei me abraçando no egoísmo e fui embora sem tentar ajudar. Queria ir embora, desabar com a mãe e comer os pães.

O cliente me abriu os olhos. Sem querer me mostrou que sabia de mim, que entendia a minha maneira exigente de trabalhar, do meu perfeccionismo exagerado. E acabamos ali entre um café e uma água conversando como amigos.

Não abrimos o projeto, aliás, foi sobre o que menos comentamos.

Falamos sobre a vida de estudante, do começo da carreira, sobre a hora de parar...

Sai dali atordoada com tudo que ele sabia sobre minha postura como profissional. Até perguntei: “mas ta assim tão estampado na cara que eu to superando meus limites?”. Ele responde você ta trabalhando muito florzinha! Está abatida e precisa de tempo pra vc...É nítido”

Tempo pra mim??? Que horas???

Não quero parar de correr atrás dos sonhos, dos projetos, do futuro...A minha hora de lutar pela profissão é agora! Como q eu faço???

Até agora não tive a resposta, mas que a reunião na noite de uma segunda-feira chuvosa valeu a pena...ahhh isso valeu. Adotei um amigo e terapeuta!

06 março 2007

Vale ler...

Arnaldo Jabor, com sua desenvoltura imensa, intensa, compensa abrir o Caderno C do Correio de hoje.
Seu texto: "Onde está o Neo-amor?" vale umas boas consultas ao analista e resolve -espero, ufa!- a insatisfação diária da procura pelo amor.
A frase que resume e confunde: "O amor hoje é um cultivo da "intensidade" contra a "eternidade". É o fim do happy end."

Pra se pensar, como tudo que Sr. Jabor nos traz a tona.

05 março 2007

segundona sincera!

Quando o dia não anda, o celular não toca e a auto-estima...Opa!!!

Auto-estima? Cadê você querida???

Ia falar sobre você agora mesmo. Sumiu? E-eiii...

Tudo bem...pode ir eu nem ligo!

Retomando... quando o dia não anda, o celular não toca, o computador não ajuda, nem a musica toca o ritmo certo ... Eu tenho vontade de subir, despir e dormir.

Masssss... de repente sobe a plaquinha do msn... Ahhh amiga era você mesmo que eu precisava ler hoje.
Conversa vai, conversa vem e o assunto comum entre nós-nós- vem à tona. blablabla, piriri, pororó...a gente se convenceu –mesmo que aparentemente- que somos ótimas, que não podemos ficar assim tão “meia-boca” e que hoje ainda é segunda feira, ou seja, temos a semana toda pra retomar essa tal auto-estima perdida por ai.

Ela sai...offline...hora do almoço! E eu fico aqui, boboca, passada, pensando...

Ta, ta legal, eu sei que tenho coisas ótimas. Mas uma das duas eu que me compõe briga com a outra e a convence que eu sou uma “chata-de-galocha”, sem sal, sem graça, sem porcaria nenhuma que surpreenda!

A outra eu, tadinha: fica confusa, perdida, querendo conforto em qualquer coisa que não seja a eu do mal.

Poxa! Nem eu mesma me ajudo!

Vamos fazer um pacto? "Eus"? Ahh agora vocês se escondem?? Todo mundo resolveu sumir assim, de repente??

Vai, vou falar quem sabe vocês ai ouvem.

"Eus" queridas dos meus dias e noites de confusão e alegria entrem num acordo de paz pelo bem da "eu total" que voz fala! Que tal?

Ãhhh?? Fechou?? Ahh que ótimo!

Ufa! Vamos ver se elas são mulheres de palavra.


Boa semana pra nós!

ps.: a historia do eu de lá e de cá é inspirada no blog da Paula: ela-a outra eu dentro de mim.

04 março 2007

parapoetisando....

Na falta de palavras próprias, uso de Drummond pra expressar minhas inquietações!!!

"Viver não dói!
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado,e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas
por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade..
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Pois as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão..."

Carlos Drummond de Andrade