tchau!

Adeus

Até breve, até nunca mais.

Disse-te isso bem baixinho, na ultima vez que bateu em minha porta e levou de mim a ultima gotinha de esperança guardada.

Você vacilou de mais na corda bamba da nossa vida e caiu de vez pra fora desse circo onde palhaços riem e espectadores fazem micagens. Foi embora. Fugiu pro outro lado do Oceano e mergulhou na armadura da solidão

Eu fiquei, aqui, com a mão estendida pra te ancorar, pra te abraçar fundo e recolher o passado. Mas não resisti muito tempo e logo me recolhi pro fundo das minhas preces, dos meus mantras, dos meus livros, pra me esconder de mais uma luta perdida. Você deixou tanto transbordar de sentimentos, tanta loucura e desatino que ultrapassaram a barreira do tempo, do espaço, do limite do homem.

Infelizmente, ou muito felizmente eu te apaguei, coloquei uma nuvem em cima de tudo e fiz chover pra lavar a alma. Guardei-te de volta no fundo do armário, pra um dia contar pros meus netos do que sua avó um dia fora capaz de fazer por uma pessoa querida.

A vida é feita de escolhas, de caminhos, de rumos e rotas. O meu trajeto está traçado, ou pelo menos planejado. Eu prefiro que a vida me leve.