23 fevereiro 2007

Só ele!

Hoje a saudade me pegou de jeito, me amarrou e ficou!

Saudades de tudo, da voz, da mão, de ouvir o assobio, de assistir filme junto, de ouvir o barulho da latinha -dele- abrindo (juro que é diferente), de ouvir um conselho, de ouvir historia na mesa da cozinha, com a bunda doendo no banquinho.

Saudade de te ver, de te abraçar, de apertar, de sentir, de ouvir, de desenhar -no meu melhor- pra você elogiar meu traço, pra me dizer que arquiteto desenha assim, assim e assado. Que engenharia e arquitetura vão estar sempre em lados opostos porque um sabe mais disso o outro daquilo, mas que arquiteto, no fim das contas, nunca sabe nada!

Pra me provocar, me fazer pensar na profissão e me ensinar a ver as coisas criticamente.

Dá vontade de gritar um palavrão bem alto pra ver se resolve.

Pra ver se o nó da garganta se desfaz e essa enchente lacrimal vai embora de vez.

Quando o meu dia é ótimo, cheio de história boa, experiência, reconhecimento disso tudo que você me ensinou, eu queria chegar e te ver sentado à mesa. Garrafa aberta, copo de cerveja pela metade, com espuma e você apertando a tampinha, viajando nos seus pensamentos...

Queria ficar ouvindo e ouvindo suas peripécias. Até chegar aos assuntos de coração: sobre a vó, o amor louco pela minha mãe, o começo da sua carreira profissional...sobre qualquer assunto falado, sentido, vivido por você.

Nesse fim noturno, como de costume, sairia de fininho com olhos cheios d’água, bochecha vermelha e amor transbordando pelas palavras.

*

Momentos que nunca escapam da memória!

Um comentário:

Anônimo disse...

Uau linda! Bom demais!
Também tenho saudades dele, e desses pequenos momentos que fazem a vida valer apena!
Muita saudade!
beijos