Três igual a um!

A Kabana tava montada, aberta e no clima “sábado à noite”. O som já começava, garçons e suas bandejas nos rodeando, olhares e sorrisos pontuais pairavam no ar.
As mesas já ocupadas nos impediram o conforto para os pés em saltos impróprios o que nos fez curtir o canto logo ali no balcão.
Nos apoiamos e ali despejamos uma a uma as novidades, as histórias, os casos e toda a saudade que estava guardada e apertada no peito.
A amizade de anos e anos mantida, pura, simples e completa. Nossas gritantes diferenças, nossas crenças e mitos, os desatinos e realidades que nos aproximam de maneira louca e concisa, fechando o laço de amizade mais bonito que existe na minha vida.
Somos ao mesmo tempo tão diferentes e incrivelmente quando juntas nos tornamos almas que se estreitam num único feixe de luz brilhante.
Não vi a hora passar, não sei se o tempo parou ou se ele me permitiu falar sobre tudo. Só sei que a energia que fluía, o som e a alegria que vibrávamos no olhar era fora do comum, era especial.
Depois de todas as novidades contadas, comentadas e aconselhadas, nos dedicamos aos risos, às gargalhadas que foram noite afora pairando próximo ao raiar do dia.

Resumindo: mais um pacote de horas pra guardar como relíquia, pra enriquecer minhas memórias felizes ao lado de pessoas tão importantes, tão relevantes e essenciais pra continuar a ser feliz!

entre flores e palavras....

Um fato.
Um desagrado.
Um sentimento.
Quando os pensamentos se confundem entre o que se pode e o que se deve dizer, quando a razão se esconde da emoção e deixa o barco correr na direção que vc cuidou pra não remar.
Quando o coração pula acelerado, quando a boca seca .
Quando o ouvido não ouve, a boca não fala, os olhos não vêem.
Quando tudo se atordoa, e você perde o controle que tomou em suas mãos por muito tempo.

As palavras saíram em desalinho, a indignação, o carinho que ele desconhecia, as marcas do que já aconteceu entre nós.
O suor dos nossos rostos, os sussurros na manha e o ressonar noturno. Tudo aquilo que me refez a alma e me encantou para sorrir mais.
Toda essa massa de cor e sabor pareceu escapar de minhas mãos. Saio de perto e repenso. Quero sair correndo pros últimos minutos e tentar refazer, relaxar, reverter a situação

Andando pelas flores, pra cair fora dali, ele me toma as mãos e diz: “Para vai!? Não faz assim!”... E me quebra e desmorona a fortaleza que finjo possuir....

Ok. That's it!
As palavras acabaram..

17.07.1917

Pra que serve uma avó?

Pra você apertar o bumbum dela

Pra abraçar um tempão até dizer chega

Pra dar beijinhos apertados e molhados

Pra olhar bem no fundo dos olhos dela

Pra sorrir com a história que ela conta

Pra vc se desmanchar quando ela faz um bolo gostoso

Pra ouvir, ouvir, ouvir e aprender ou, tentar

Pra dizer sempre que ama e que não vive mais sem...

Pra vc acordar todos os dias e lembrar que tem alguem que já acordou, já fez café e já lembrou de muito mais coisas que vc...

Pra vc ficar boquiaberto com o tanto que ela é especial e o quanto ela torna sua vida feliz com coisas simples. E complementa simplesmente por existir!

Fora daqui

Escrever tem sido praticamente impossivel...

O humor tem oscilado entre a alegria deslavada e a cara lavada de choro e ansiedade. Nas ultimas semanas muita novidade, muitas decisões, recisões e soluções ocorreram como um furacão.

O caminho sobre o qual falo tanto, ficou turvo e escuro. Me perdi naquilo que acredito. Me perdi dentro de mim mesma. Entre as duas que se olham e se perguntam: Por que? Pra que? E o q?

Agora me volto pra dentro, pra longe, pra perto e me recomponho, me reoganizo, me reamo... Me releio!
Fase de transição, mutação e complicação ... e que espero logo logo passar!!!!

Vou sonhando atrasada e acordada entre uma estrada e outra, entre avenidas e semáforos...

Vou assim enquanto der, enquanto eu quiser, ou até quando a vida me permitir voar.

De repente eu fiquei assim...
Frouxa de tanto chorar, inflada de tanto sorrir
Procurando um meio, um começo ou um fim... ou que seja meio termo que é mais fácil de carregar...
Os olhos se enchem e esvaziam numa reciclagem de líquidos, de imagens e saudades... até daquilo que não vivi.
Mas esse oco e esse buraco que fica dentro da gente quando alguém vai embora...ahh esse buraco eu não desejo ao meu pior inimigo- se é que eu tenho algum.
Essa saudade se soma à dificuldade do dia agitado e da noite sozinha, vira um bolo pesado, uma massa dura que vai compactando qualquer delicadeza de sentidos, de mãos, de pensar...
Talvez a saudade mate dia-a-dia, talvez recicle, talvez só mexa com os poros. Ou seja lá o que for.
O fato é que só sentindo-a pra tentar explicar.

Talvez seja como o amor que a gente toma por certo que o sente quando diz “eu amo e ponto”, sem maiores descrições porque explicar o amor vai além da compreensão dos envolvidos no sentimento mais terno e grandioso que existe. A saudade é tão individual, tão sensível, tão mutante. Ela vai, ela vem.. Ela te deixa em paz, mas quando vc menos espera ela arrebata e te joga no chão.
Essa tal saudade tem me levado pra longe dos que estão perto. Tem me feito chorar antes de dormir. E, quando mais densa, me rouba o sono e invade os poucos sonhos pelos quais as horas me permitem viajar...
Essa tal saudade tem me consumido, me emprestado rugas que eu não quero carregar, tem me dito que eu não sou capaz sem o olhar daquele que eu admiro como herói, bandido, amado e amante.
Tem me feito sentir pedra enquanto sou manteiga, tem me feito pensar em bruxas enquanto quero fadas, tem me feito chorar enquanto quero apenas sorrir.
Penso em fugir, correr, sair por ai alheia a tudo. Tentando ver se o vento me leva embora, ou se, quem sabe eu encontro meu pai por ai, cantarolando e assobiando a passos suaves....

escolhas...

Você se considera cobra ou minhoca??
Pingo d'água ou correnteza?
Chuva ou tempestade?

Tem dias em que é melhor ser a minhoca na chuva rastejando pela terra úmida. Sem saber sequer sobre os riscos da correnteza ou do pisoteio desavisado.
Há outros em que a cobra nem se abala pelo pingo d'água, tampouco diante da tempestade... Ela só quer saber de almoço ou alvoroço...
A vida nos exige dinâmica, improviso e bom-humor pra encarar a minhoca gelada entre os dedos ou a cobra pregando as presas no seu tornozelo...
Basta escolher....
Enquanto isso a água nos lava a alma pra próxima situação: presa ou caçador?? Ou seja lá qual for o predador...

semaninha curtaaaa! Ufa!

O que fazer quando você está: na fila do banco Bradesco da Princesa D'Oeste às 3 horas da tarde, numa pressa doida, atrasada pra reunião com o cliente, e o boleto que vence no dia, ou melhor dali a uma hora?????
Três é o numero de atendentes..."Faltam dois! Faltam dois na minha frente... Ufa!"
Ufa? que nada... uma delas fecha o caixa e sai com cara de: "eu não tô nem ai q vcs estão na fila!"
Não contente com o caos do meu atraso, a fila preferencial resolve bombar de senhorinhas... Tá bom ! eu respeito as dificuldades deles! Mas Sr. Murphy desgruda de mim né?!

Ahh! Achou muita falta de sorte!?
Vai vendo... os dois da frente que pareciam se conhecer começam num papo suuuuper desnecessário, onde o cara tinha sido assaltado saindo daquele mesmo banco, mais ou menos naquele mesmo horário na semana passada. Melhor de tudo: ele tava machucado contando como os ladrões queriam pegar o envelope dele!!!

Ahhhh!!! Sabe???
Sai pra lá com esse papo pesado em plena fila de banco onde todos no minimo tem algum dinheiro no bolso pra pagar ou receber!

Saí pisando duro querendo falar um caminhão pra duplinha!!!

Calma calma... pra completar mais duas horas de vai-e-vem sem muito proveito lá na obra!
affff!!!
Que dia...
Pra compensar: 40 minutos na esteira, muitos fazendo abdominal e pra fechar mais 10zinhos na bike!